Terça-feira, 23 de Outubro de 2007

Diabólica alquimia totalitária!

Kuki Sommer, brasileira descendente de alemães, deu início a um conjunto de textos sobre o Holocausto entre os quais reproduzimos o último, à data... para ler todos aceder aqui.

«Cresci assistindo o Holocausto, isso faz parte de mim desde minha tenra idade, sou descendentes direta de alemães, meus descendentes vieram refugiar-se no Brasil, fugidos de führer e sua alquimia totalitária de horrores, ah... como queria ter participado daquele momento, eu seria um Perlaska!! Se leio, releio e rumino quase obsessivamente essas histórias de atrocidades, é pela simples e perturbadora razão de que elas não apenas me horrorizam, mas me ferem tão visceralmente. Parece-me que não basta sentir um repúdio intelectual por essas brutalidades. É preciso, por um milagre do espírito, sentir um pouco na própria carne as dores, mutilações e misérias desses milhões de injustiçados. Os Nazis não pareciam apenas interessados na liquidação física de seus "inimigos". Compraziam-se em aviltá-los, reduzi-los a bichos, vermes, amebas. Quando lembro que em Belsen os prisioneiros morriam de fome e muitos deles desesperados entregavam-se à antropofagia, comendo pedaços dos cadáveres de seus companheiros. Sem falar que centenas de outros de desinteria e não tendo forças para irem até a latrina, defecavam onde estavam e acabavam morrendo de insaniçao em cima do próprio excremento. Literalmente uma barbárie!! Milhares deles foram dizimados pelo tifo. Para os burocratas do ‘Partido’ encarregados da ‘solução definitiva’, deve ter sido mais fácil condenar à morte algarismos do que seres humanos. Com certeza depois, em relativa ‘paz’ de espírito, ouviam o seu Wagner e liam o seu Goethe. Temo que agora passada a guerra e o tempo, o mundo esqueça os crimes nazistas. Esta idéia me preocupa, dando me um antecipado sentimento de culpa!! Mas Eu... eu não esquecerei!!»
publicado por MJ às 23:38
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Quarta-feira, 13 de Junho de 2007

Parabéns (com um dia de atraso)

Se fosse viva, ontem teria completado 78 anos.
Anne Frank
Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929 — Bergen-Belsen, início de Março de 1945
publicado por MJ às 11:45
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Terça-feira, 10 de Abril de 2007

התקוה

«Chego pelo Kontratempos (sempre ele, no que a estas matérias diz respeito...) a uma gravação do Hatikvah, datada de 1945.
O Hatikvah é, para mim, o mais bonito hino de todos os hinos que conheço - e conheço muitos, que parte da minha infância foi passada a olhar para mapas, bandeiras, capitais e letras de hinos, tentando sempre que possível encontrar registo sonoro dos mesmos. E muito antes de sequer perceber o simbolismo e a mensagem que transporta, elegi o Hatikvah como o mais bonito de todos.Mais tarde, quando tive idade para perceber e sensibilidade para escolher, quando o meu fascínio por Israel se alastrou, dei por mim a chorar enquanto o ouvia, assumo-o sem qualquer espécie de vergonha. É mais forte do que eu, e presumo que cada um de nós tenha um bocado de si a emocionar-se demais com um ou outro assunto (há quem lhes chame causas).Cantado pelos sobreviventes do campo de concentração de Bergen-Belsen, o
Hatikvah da gravação não passou por mim sem deixar a sua marca nos meus olhos.E porque se aproxima o Dia de Lembrança dos Mártires e Heróis do Holocausto, aqui fica a canção de esperança. Porque, como já uma vez disse, só isso pode ter suportado os que sobreviveram e só isso pode ter alentado os que pereceram.»
Adolfo Mesquita Nunes, 4 de Abril de 2007, no A Arte da Fuga
publicado por MJ às 16:45
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