Terça-feira, 2 de Outubro de 2007

Holocausto: uma obsessão iraniana

Depois do concurso mundial de cartoons sobre o Holocausto patrocinado pelo Irão, da conferência negacionista de Teerão, das reiteradas afirmações e contradições de Mahmoud Ahmadinejad foi agora a vez de o reitor da Universidade iraniana de Ferdowsi convidar o presidente dos EUA, George W. Bush para falar aos professores e alunos e responder às suas questões sobre direitos humanos, terrorismo e Holocausto.
publicado por MJ às 18:49
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Terça-feira, 24 de Julho de 2007

Dinamarca premeia negacionista

O Centro Simon Wiesenthal pediu ao Primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, que anulasse prémio monetário atribuído pelo Conselho das Artes do Ministério da Cultura (Kunst Raadet) a Erik Haaest, mais conhecido como «o Céptico da Shoah».
No protesto redigido o director de relações internacionais do Centro Wiesenthal, Shimon Samuels, escreve: “Haaest recebeu esta distinção pelo seu trabalho sobre «A Legião Dinamarquesa de Libertação na Frente Leste, 1941-45», que dificilmente pode ser considerado como um título de glória nacional dinamarquesa”. E acrescenta: “As citações de Haaest da literatura negacionista remetem para o volume de 1959 do «Journal of Historical Review», publicado pelo Instituto com o mesmo nome, que é frequentado pelos nazis do mundo inteiro.”
Samuels cita a secção cultural do «DR Nyheder» que na legenda de uma câmara de gás, escreve: “ Erik Haaest coloca em dúvida a existência de câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz, na Polónia”. Outra publicação afirma que Haaest qualificou o «Diário de Anne Frank» de escroqueria.
O protesto do Centro Wiesenthal termina afirmando: “O prémio que o vosso governo deu a Haaest viola os compromissos da Dinamarca para com a Comissão Europeia e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Este acto legitima a negação da Shoah, o incitamento ao antisemitismo, é um insulto aos sobreviventes da Shoah e às famílias de todas as vítimas do nazismo. O nosso Centro pede que este prémio seja retirado e que seja aberto um inquérito para o apuramento de responsabilidades”.
“O silêncio será interpretado pelos propagadores do ódio como uma aprovação”, declarou Samuels.
publicado por MJ às 19:35
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Domingo, 8 de Julho de 2007

Explicar o Holocausto aos iranianos

A ofensiva negacionista promovida por Teerão motivou a abertura uma versão farsi do sítio internet do Yad Vashem. Inaugurado no final de Janeiro o novo site motivou um interesse apaixonado. No espaço de uma dezena de dias registou 20.000 visitantes, 6.000 dos quais provenientes do Irão.

O site em farsi contêm vinte secções, apresentando a cronologicamente a realidade do Holocausto, desde a ascenção do nazismo até ao julgamento de Nuremberga. Um grande número de iranianos enviaram emails solicitando informação complementar. Um dos primeiro visitantes fez questão de se dessolidarizar das declarações do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad sobre o mito do Holocausto: «Enquanto iraniano tenho vergonha destes comentários e tenho a certeza que o mesmo acontece com outras pessoas do meu país. (...) Aqui a história é deformada e as pessoas não têm muita informação sobre a Segunda Guerra mundial e o Holocausto.»

Motivados por esta experiência os responsáveis do Yad Vashem pensam criar outra versão do sítio em lingua árabe.
publicado por MJ às 21:53
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Segunda-feira, 28 de Maio de 2007

Brasil: Projeto de Lei - Negação do Holocausto é Crime

O Deputado Marcelo Itagiba eleito pelo PMDB/RJ teve a gentileza de nos enviar o projecto de Lei, por si elaborado, que visa criminalizar quem negar o Holocausto ou praticar actos discriminatórios. Em conjunto com a FIERJ está a recolher apoios e sugestões para a aprovação legal do Projecto de Lei. As sugestões podem ser enviadas para projeto_de_lei@fierj.org.br

Proposta

Projeto de Lei Nº 987, de 2007 - Altera a redação do art. 20 da Lei n° 7.716 , de 05 de janeiro de 1989, que "define os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor".

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1° - O art. 20 da Lei n° 7.716, de 05 de janeiro de 1989, introduzido Pela Lei n° 8.081 de 21 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando-se os demais:

"Art.20

§ 2° - Incorre na mesma pena do § 1º deste artigo, quem negar ocorrência do Holocausto ou de outros crimes contra a humanidade, com a finalidade de incentivar ou induzir à prática de atos discriminatórios ou de segregação racial.

Art. 2° Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificativa:

Recentemente, vimos surgir no mundo globalizado outra faceta de racismo, mais ardilosa e, talvez, mais perigosa, que temos o dever de coibir. No último mês de dezembro, foi realizada, em Teerã, uma conferência, intitulada "O Holocausto, a visão internacional", com duração de dois dias e participação de 150 especialistas e pesquisadores internacionais. Em face dessa manifestação contestando o morticínio de milhões de judeus pelo regime nazista, a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a negação desse nefasto evento histórico, no todo ou em parte. Esta decisão foi apoiada por 103 países. As teses que negam o genocídio dos judeus, ciganos e homossexuais tiveram início da década de 50 e ecoaram na França nos anos 70. Em razão deste movimento países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda, Polônia, Espanha, Portugal, Itália e na própria França, hoje se considera crime a "negação do Holocausto".

O Parlamento Europeu, como resultado dos trabalhos do Ano Europeu Contra o Racismo, em 1997, baixou Resolução na qual, em face de existirem setores da população com atitudes racistas e xenófobas, propôs que os estados membros passem a classificar como crime a instigação ao ódio racial ou à xenofobia, e outros atos correspondentes, bem como a negação do Holocausto ou delitos contra a humanidade.

Cita-se como exemplo, a Lei francesa - Lei n° 90-615/90, que tipifica penalmente a negação de crime contra a humanidade, o chamado revisionismo, diretamente ligado às tentativas de negativa do Holocausto. Igualmente, a Lei Orgânica espanhola n° 04/1995 introduziu no Código Penal o artigo n° 607-2 que configura o crime de negação do genocídio, alem de criar uma política voltada para reforçar a igualdade. Portanto, na linha de se contrapor ao chamado revisionismo e negaciosismo, o legislador espanhol estabeleceu como delito a negação do Holocausto ou de outro crime contra a humanidade. Portugal, também, alterou o art. 288 do seu Código Penal em 1988, para incluir entre os crimes de discriminação racial a difamação ou a injúria por meio da negação "de crimes de guerra ou contra a paz e a Humanidade". No caso, as ofensas apenas são punidas se há "intenção de incitar à discriminação e repressão de fenômenos de etiologia racista".

Efetivamente, não podemos permitir o esquecimento, muito menos a negação do vergonhoso morticínio de milhões de pessoas, especial, daquelas pertencentes a grupos minoritários nos campos de concentração nazistas. Não podemos admitir, que em menos de 50 anos deste crime contra a humanidade, grupos de nazistas, de neonazistas e de anti-semitas tentem afirmar que o Holocausto não tenha existido.

O Parlamento brasileiro não pode isentar-se de um assunto de tal relevância, razão pela qual, propomos o presente projeto de lei, que reputamos oportuno e por entendermos que a propositura por nós apresentada não interfere ou limita a liberdade de expressão, o debate ideológico e a discussão de idéias, base do Estado Democrático de Direito, contamos com o apoio dos ilustres pares, para a aprovação desta matéria.
publicado por MJ às 19:58
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Domingo, 27 de Maio de 2007

David Irving expulso da feira do livro de Varsóvia

David Irving, o controverso autor britânico, conhecido por ter negado a existência do Holocausto, foi expulso da Feira Internacional do Livro de Varsóvia, onde se tinha deslocado a convite da editora Focal Point.
"Propagar o anti-semitismo e desculpar Hitler são ofensas na Polónia", disse Dorota Koman, uma das organizadoras do evento.
"Na Polónia não há liberdade de expressão", disse o autor ao sair da feira.
Nos últimos anos, onze livros do historiador foram traduzidos para o polaco, mas não é muito conhecido no país.
publicado por MJ às 23:05
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Segunda-feira, 21 de Maio de 2007

Universidade italiana boicota o papa do negacionismo

Foto: Robert Faurisson na conferência islâmico-negacionista de Teerão
O reitor da Faculdade de Ciência Política de Teramo decretou o fecho da sede da faculdade para impedir a realização de um seminário onde iria participar o negacionista francês Robert Faurisson.
O reitor Mauro Mattioli declarou que «é uma determinação que não queria tomar mas foi a única solução para prevenir situações de risco para os nossos estudantes e para o nosso pessoal». A decisão do reitor foi tomada após a mobilização de centenas de docentes, homens e mulheres da cultura, jornalistas e antigos deportados contra a presença do negacionista Faurisson.
Retirado das notícias da ANED por indicação de Alda M. Maia.
publicado por MJ às 21:34
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Terça-feira, 1 de Maio de 2007

Orkut / Holocausto

No site Orkut estão alojadas várias comunidades, nomeadamente «O Holocausto», com 1921 membros, onde em língua portuguesa são abordadas várias matérias deste tema, com destaque para o combate ao negacionismo. Recomendo aos leitores que se registem e participem.
Para encontrarem a comunidade escrevam a palavra «holocausto» no local de pesquisa do Orkut .

O fundador da comunidade também administra o interessante site:
publicado por MJ às 15:13
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Quarta-feira, 25 de Abril de 2007

Leitura obrigatória no Kontratempos

«A EUROPA, O HOLOCAUSTO E O NEGACIONISMO. Foi recentemente aprovada uma proposta para proibir em toda a União Europeia a negação do Holocausto. A iniciativa da Alemanha suscitou a oposição dos países escandinavos, da Irlanda e do Reino Unido, com uma razão fundamental que também partilho: a liberdade de expressão.Entendamo-nos sem margem para erros. O século XX europeu foi o ventre de uma das maiores tragédias da Humanidade e certamente aquela que mais brutalmente evidenciou até onde podem ser levados o anti-semitismo, o racismo e as ideologias de massas. Nada disso é discutível. O Holocausto traduziu-se num genocídio que industrializou a morte, a barbárie e a chacina metódica de seres humanos pelo simples facto de terem uma história, uma religião e uma cultura. De serem humanos.

:: Campo de concentração nazi ::

Perante o abismo sanguinário que foi alimentado muito longe das linhas da frente da Segunda Guerra Mundial, nos tenebrosos campos do Leste, choca-nos -- e bem -- que alguém possa colocar em causa a dimensão e o significado do Holocausto. Mas há quem o queira fazer: os dirigentes do Irão, os extremos ideológicos europeus, os «historiadores» negacionistas. Logo, não importa tanto quem o faça, mas qual a melhor forma de lidar com essas ofensivas.O anti-semitismo, a xenofobia e o incitamento ao ódio devem ser radicalmente punidos em todos os países democráticos e tolerantes -- e regra geral já o são. Podemos então afirmar que o negacionismo do Holocausto é em si mesmo uma manifestação de anti-semitismo? Certamente. Mas não é matéria de índole criminal. As margens são complexas, bem sei, e não é fácil distinguir propaganda anti-semita de «divergências políticas», sobretudo quando o Holocausto não é matéria de divergência política e sabemos perfeitamente que os grupos radicais anti-semitas utilizam o delito de opinião para salvaguardar a prática de actos delinquentes.Mesmo sabendo tudo isso, continuo a não concordar com a proposta da Alemanha -- orientada pelos melhores motivos, não discuto -- que foi imposta aos outros países da UE. Por um motivo simples: ela não protege os judeus nem a memória dolorosa da Holocausto. Falha completamente nesse objectivo e irá fortalecer os radicais negacionistas na sua causa, rapidamente transmutável numa bandeira de liberdade de expressão reclamada pelos herdeiros das ideologias assassinas do século XX europeu.Há igualmente o problema muito acentuado da uniformização de uma lei destas à escala europeia e do perigo de se estabelecerem escalas e graus de comparação entre o Holocausto e outras barbáries. Isso já foi visível quando os países do Leste se organizaram para equiparar a suástica à foice e ao martelo e proibir ambos os símbolos em toda a UE. Será que qualquer um dos países europeus que teve a sorte de ficar do lado certo do Muro de Berlim pode em rigor negar às vítimas do terror comunista uma equivalência moral com outros abismos ideológicos das últimas décadas? Não pode, claro. Mas também não deve aceitar quaisquer proibições.

:: Prisioneiros num gulag soviético ::

Todavia, para que isso seja possível, não podem existir crimes mais criminosos do que outros, mais susceptíveis de serem criminalizados do que outros, com mais ou menos mortos do que outros. As discussões não podem nunca ir por aí. O Holocausto tem uma excepção moral que eu partilho até à última molécula, que defenderei contra todas as investidas, mas a proibição do negacionismo é um erro. Por muito duro e complexo que isso possa parecer, só assim será possível vivermos conjuntamente nas sociedades democráticas que erguemos depois de todos os choques do século XX. Não há outra forma. Ou não abrimos de todo esta caixa de pandora, ou nunca mais a conseguiremos fechar.»
Tiago Barbosa Ribeiro
publicado por MJ às 00:20
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Quarta-feira, 18 de Abril de 2007

A demissão do ensino britânico

O Jerusalem Post divulga um estudo sobre algumas escolas britânicas que renunciam falar do Holocausto nas aulas de história com medo da minoria muçulmana, por vezes violenta, que nega que os judeus tenham sido exterminados pelos nazis. Um grande número de professores britânicos evita afrontar o anti-semitismo latente e o negacionismo dos estudantes muçulmanos.
Conheça a opinião de Barry Rubin sobre este assunto.
publicado por MJ às 11:10
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Sexta-feira, 13 de Abril de 2007

Esclarecimento

Sinagoga da Comunidade de Santiago

Na sequência da informação que circula net e que foi aqui citada anteriormente, o director executivo da Comunidade Judaica do Chile esclarece que David Feuerstein e Ricardo Israel não participam na conferência «Holocausto ou Holocuento». Presumo que tudo não passe de uma peça de desinformação, uma vez que a mesma fonte também afirma que local mencionado para o encontro não foi reservado. Correcção efectuada e satisfação por ser assim.
publicado por MJ às 10:05
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Quinta-feira, 12 de Abril de 2007

De loucos...

No mesmo dia (15 de Abril) em que se celebram um pouco por todo o mundo as cerimónias de recordação das vítimas do Holocausto, em Santiago do Chile acontece um encontro bizarro denominado «Holocausto ou Holocuento?». Organizado pelo Instituto Revisionista por la Libertad de Expresion tem o patrocínio de uma Universidade de Concepción e da Editorial Científica ‘Serguei Nilus’. Não deixa de ser curioso que uma pretensa editora científica tome o nome do falsário Serguei Nilus, primeiro editor russo dos Protocolos dos Sábios de Sião. Colaboram na iniciativa o site neo-nazi Libre Opinión, a Rádio Islão, do muçulmano e panfletário nazi Ahmed Rami, e a Asociación de Jóvenes por Palestina. Entre os oradores encontramos Miguel Serrano, papa espiritual dos neo-nazis místicos que gosta de posar junto a fotos do jovem Adolfo [clique no cartaz para o ampliar], e Pedro Varela, antigo fuhrer de uma organização neo-nazi espanhola.
Que dois nazis de opereta queiram dar uma conferência para quatro cabeças rapadas é um direito que lhes assiste. Mas o que motiva David Feuerstein, presidente da Sociedad Chilena para Yad Vashem, vir caucionar e promover este acontecimento?
publicado por MJ às 00:10
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