Charlotte Salomon não é uma desconhecida no Yad Vashem que já expôs uma grande parte da sua obra. No entanto, a recente aquisição do esboço «retrato da menina» revela um novo olhar da artista sobre o Holocausto. A menina em questão Valerie Kampf era uma jovem judia inglesa que estava a passar férias, com a sua mãe, na Cote d’Azur quando eclodiu a 2ª Guerra Mundial. Valeria conta: «Encontrámos Ottilie Moore, uma milionária norte-americana, que era minha madrinha e que propôs à minha mãe levar-me para a América. A minha mãe que se preocupava com a minha segurança aceitou imediatamente e entregou-me como estava, de fato de banho e sem outro vestuário». A jovem Valerie ainda ficou algum tempo na casa de Villefranche-sur-Mer, pertença da senhora Moore, antes de cruzar o Atlântico. Foi durante esse curto período que encontrou Charlotte Salomon, uma jovem judia alemã, nascida em 1917 em Berlim, e enviada para essa localidade onde habitavam os seus tios. Marcada pelo suicídio da sua mãe quando contava apenas nove anos, as cores e os movimentos das suas obras mostravam o olhar lúcido com que Charlotte abordava a realidade. No «retrato de uma menina» que o Museu de Arte do Holocausto do Yad Vashem acaba de comprar é a doçura e a nobreza com que uma jovem de oito anos suporta corajosamente a separação da sua mãe, que Charlotte reproduz. Charlotte Salomon morre deportada em Outubro de 1943.
* Aliterações, metáforas e oxímoros
* ANED - Associazione nazionale ex deportati politici nei campi nazisti
* Fundación Memoria del Holocausto
* Fundação Aristides de Sousa Mendes
* Liga de Amizade Israel-Portugal
* Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes
* The International Raoul Wallenberg Foundation