Segunda-feira, 9 de Abril de 2007
(Enviado por Kiki Anahory Garin e publicado, em 27.Jan.07, em KAnahory)Não pretendo “bombardear-vos” com post sobre os Judeus, mas não podia deixar passar o dia de hoje sem lhe fazer uma pequena referência.
Hoje, dia 27 de Janeiro, celebra-se o dia da Jornada Nacional da Memória pelas Vítimas do Nazismo. A 27 de Janeiro de 1945, foi libertado o Campo de Extermínio de Auschwitz, onde morreram cerca de 1,5 milhões de pessoas, das quais 90% eram Judeus.
Passados que são 62 anos, Auschwitz tornou-se o símbolo do terror, do genocídio e do Holocausto…
Jamais poderemos esquecer todos os horrores do Holocausto. Sobretudo, quando nos dias de hoje ainda há muitos que negam a sua existência, como por exemplo, o Presidente de Irão Mahmoud Ahmadinejad e, em que a existência do Estado de Israel é sistematicamente ameaçada.
Como seres humanos que somos temos a obrigação de não esquecer e de não deixar que as gerações futuras esqueçam.
Temos a obrigação de tudo fazer para que NUNCA MAIS, em parte alguma, povo algum tenha que passar por um outro “Auschwitz”!!!
Termino este post, da mesma forma que já terminei um outro sobre o Holocausto, com uma citação da Bíblia:
Ouvi, anciãos, e prestai atenção!
Vós todos, que habitais a Terra.
Foi no vosso tempo que isto se passou,
Ou no tempo dos vossos pais?
Contai aos vossos filhos,
E que eles o contem aos filhos deles,
E os filhos destes à geração seguinte.
Shalom
Kiki Anahory Garin
De Kiki Anahory Garin a 11 de Abril de 2007 às 13:40
Ao Indomável
Este seu comentário arrepiou-me não só pelo horror que conta mas também pela forama como o fez.
Parabéns por este magnifico texto.
Obrigada.
Kiki
De indomável a 11 de Abril de 2007 às 12:22
Lado a lado, de mãos dadas como que preparando-se para agradecer o aplauso eufórico do público, depois de mais uma formidável actuação, o pequeno grupo de homens suspendia o olhar no infinito.
Corpos erectos quase sem roupa, pele suada e luzidia, rostos abertos num sorriso amplo mas esforçado. as respirações rápidas deixavam adivinhar o desgaste físico e psicológico. As mãos apertadas em concha na mão do parceiro do lado, quase vazias de sangue.
Na sua frente, dispostos também em fila, o seu público - homens fardados, corpos exaustos, peles baças e sem cor, rostos e olhos vazios de expressão.
À ordem soou a primeira salva. Os corpos no palco continuaram erectos, os olhos continuaram estacados no infinito, os sorrisos continuaram estampados nos rostos.
À segunda salva já não resistiram. Os corpos cairam no chão, as mãos apertaram um pouco menos e ficaram exangues formando um cordão que jamais se soltaria. Nos rostos os mesmos sorrisos e os olhos para sempre postados no infinito.
Um forte cheiro a urina inundou subitamente o ar. De encontro aos lagos formados pelo sangue seguiram riachos amarelados de uma dezena de metrelhadoras, sombras mórbidas da plateia.
O cheiro a medo e a sangue jamais abandonariam aquele espaço, aquele chão, aquele lugar chamado Auschwitz...
(texto imaginado e escrito para o site escritacriativa.com)
De Reis a 10 de Abril de 2007 às 12:07
Infelizmente, a memória dos Homens é curta.
Mas se há factos que nunca devemos esquecer, o Holocausto é, sem dúvida, um deles.
Toda e qualquer forma de genocídio é condenável. Mas quando executado de forma sistemática, perfeitamente planeada e com tamanhos "requintes" de bestialidade, aí a situação ganha proporções alarmantes.
O Holocausto representa isso mesmo... A bestialidade humana elevada à sua máxima potência.
A não esquecer. Nunca.
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