Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007

A banalização do Mal ou quando tudo se equivale

A montagem fotográfica do catalão Joan Fontcuberta exposta no Fotografie Forum International realizado no âmbito da Feira Internacional do Livro de Frankfurt está a causar estupefacção na Alemanha. A obra representa o muro de segurança israelita e cada pixel é uma foto dos campos de concentração nazis. A directora do forum limitou-se a declarar que o forum não é anti-semita.
Lido no Herut
publicado por MJ às 13:02
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2 comentários:
De afronauta a 12 de Outubro de 2007 às 09:51
Cara(o) MJ,
Agradeço a sugestão do TPC, mas creio que não tem fundamento. Não é pelo facto de não pensar como o(a) Sr.(a) que estarei errado. Eu falava na perspectiva das atitudes, da falta e respeito pela vida em geral e pela vida humana em particular. O grau de monstruosidade mede-se pelo número de pessoas mortas? Então é uma questão numérica?! A não ser que o seu puxão de orelhas se deva ao facto de serem os judeus as vítmas de ontem e os carrascos de hoje.


De MJ a 12 de Outubro de 2007 às 10:48
Não é seguramente por pensar diferente que está certo ou errado mas convém que as nossas afirmações possam ter algum suporte, para além da «nossa» moral. É evidente que a questão do número é importante. Sendo ambos actos reprováveis é diferente matar um ser humano ou milhões. A distinção que para mim tb é moral, está no Direito ao estabelecer molduras penais diferenciadas, está no vocabulário ao definir homicídio e genocídio, está nas motivações intrinsecamente racistas ou xenófobos. Eu posso perceber (embora discordando) que, para si, os judeus são os «maus da fita», posso escutar os seus argumentos em relação à posse da terra, às liberdades e direitos e um longo etc. Mas dizer que os Israel tem um plano para exterminar palestinianos e o executa é bizarro. Tão bizarro que é contrariado pelos números (desde 48 a população palestiniana quadruplicou ) e por outros factos, nomeadamente os direitos que garantias que os palestinianos israelitas usufruem. Como justifica que diariamente milhares de palestinianos entrem em Israel? Para ser exterminados? Não, para trabalhar!
A sua última frase («...judeus as vítimas de ontem e os carrascos de hoje») ao comparar o que não é comparável tem servido vários propósitos, nomeadamente para legitimar o nazismo... é lamentável e pior, é perigoso.


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