Terça-feira, 17 de Abril de 2007

Gulag, Campos de Extermínio, Primo Levi

Tenho lido várias reportagens e artigos sobre os campos de concentração do regime soviético, os tristemente famosos gulag.
Modernamente, com o grande surto de revisionistas históricos desse período, o nazismo é equiparado ao comunismo staliniano.
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Quanto a crueldade, sofrimentos e número de vítimas, equivalem-se; disso não subsiste a mínima dúvida. Todavia, se queremos dar um rigoroso significado ao prefixo da palavra desumanidade, então devemos considerar o nazismo com outros parâmetros.
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Conhecemos por que foram criados os gulag: escravatura como mão-de-obra grátis para os projectos económicos; aniquilamento de todos aqueles que perturbavam o andamento da marcha dos potentes da famigerada ditadura do proletariado. Desconfiava-se de tudo e de todos e ninguém estava seguro da própria incolumidade: pessoas e comunidades.
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Os campos de extermínio hitlerianos foram estudados para a desumanização e, consequentemente, o extermínio de pessoas que não deviam ter direito à vida, porque faziam parte de uma raça inferior: sub-humanos que deviam ser eliminados.
É nisto que reside todo o horror, hediondez e unicidade do nazismo.
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PRIMO LEVI
Tive o prazer de o conhecer pessoalmente. Foi uma apresentação casual e confesso que senti uma grande emoção ao apertar a mão do escritor e de uma vítima que se salvou do campo de extermínio.
Quando se suicidou, eu ainda vivia em Turim. Custou-me a aceitar aquele suicídio. Talvez pela grande simpatia que me inspirava, pelo escritor que admirava, por uma figura ilustre que desaparecia.
Pessoas amigas, que o conheciam bem, negavam o suicídio; acreditavam mais num acidente. Oxalá que assim tivesse sido. Doía-me saber que ele não resistiu à angústia que nunca mais o abandonara desde que foi deportado.
Alda M Maia
publicado por MJ às 00:09
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Segunda-feira, 16 de Abril de 2007

Agenda: Primo Levi e Amos Oz

O Museu da Resistência de Turim e o Centro de Resistência de Lyon inauguram no próximo dia 17 uma mostra sobre a vida de Primo Levi. Um dia antes, em Nova Iorque, será entregue ao escritor Philip Roth um prémio da Fundação Grinzane Cavour dedicado a Levi. Em 24 de Maio, também em Turim, é celebrado um congresso literário com o tema «Os lugares de Levi, entre a literatura e a memória». Em Espanha a editora Belacqua publicou recentemente uma biografia escrita por Ian Thomson.

Em Portugal, o jornal Público oferece, com a sua edição de Terça-feira, dia 17, o livro Contra o Fanatismo: «Nascido na Jerusalém dilacerada pela guerra, Amos Oz observou em primeira mão as consequências nefastas do fanatismo. Neste livro, composto de três ensaios, o autor oferece-nos uma visão única sobre a verdadeira natureza do fanatismo e propõe uma abordagem racional que permita resolver o conflito israelo-palestiniano.
A brilhante clareza destes ensaios, acompanhada pelo sentido de humor irónico de Amos Oz dão uma nova vida a este debate.»
«Amos Oz é a voz da sanidade que sobressai no meio da confusão.» Nadine Gordimer
«O livro de Amos Oz Contra o Fanatismo é um relâmpago no meio da noite, com a diferença de ficar a brilhar durante muito tempo.» Francisco José Viegas
publicado por MJ às 01:24
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